O envelhecimento da população é um fenômeno global, o
que faz com que as questões relativas à Terceira Idade
venham tendo grande importância nos últimos tempos.
Embora o envelhecimento seja uma aspiração das sociedades,
não há grande vantagem em viver mais se, paralelamente, não
forem desenvolvidos estudos visando uma melhor qualidade
de vida daqueles que estão envelhecendo.
Um estudo feito com mulheres a partir dos 60 anos que participam há pelo menos um ano de programas para terceira idade indicou que o envolvimento em tais iniciativas pode colaborar para a manutenção da boa qualidade de vida e do bem-estar psicológico. Os resultados da pesquisa, publicado na revista Estudos de Psicologia (Campinas), apontaram também que quanto maior o tempo de participação nos programas menor foi a intensidade dos fatores desencadeadores da depressão. Com mais de um ano de programa houve uma melhor percepção de qualidade de vida nos domínios físico, psicológico e social. Para a psicóloga Tatiana Quarti Irigaray, coautora do artigo, o convívio dos participantes com seus colegas e com a equipe coordenadora faz com que os idosos se sintam mais confiantes do próprio potencial, com atitudes mais positivas em relação a eles mesmos.
A partir do momento que o idoso conquista espaço de informação e sociabilidade, sua representação a respeito de si mesmo se altera: a imagem de uma velhice monótona, sofrida, estereotipada perde aos poucos sua força e se desfaz.