O USO DO PET EM PRÁTICAS AGRÍCOLAS
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Apresentação
Breve histórico sobre o desperdício
Objetivos do projeto
Práticas
Reciclagem de Garrafas PET

USO DE GARRAFAS PET EM HORTAS NA CIDADE DE ARAPIRACA

Na cidade de Arapiraca, região agreste do estado de Alagoas, tem-se crescido a quantidade de projetos proporcionados por organizações não governamenteais (ONG's) na implantação de hortas, principalmente para pequenos produtores como forma de melhorar a renda familiar. Muitos são os agricultores que estão trocando o plantio de fumo(cultura predominante na região) pela implantações de hortas semi-comerciais. A maioria dos produtores entusiasmados com a desenvolvimento das culturas regionais tais como: Alface, coentro, couve, pimentão, cenoura etc, estão a cada dia mais tentando melhorar sua produção.
Mas para que isso aconteça será preciso que sejam descoberta novas técnicas de produção e que sejam econômicas. O uso de garrafas pet reduziria significativamente curstos com suporte laterais para os canteiros. Esta simples prática reduziria a prática constante de renovação de canteiros, o gasto com produtos muito caros como madeira, cimento, blocos além de ajudar ao meio ambiente. Uma nova técnica de utilização de garrafas de polietileno tereftalado, também conhecidas como garrafas PET está ganhando outra utilidade, evitando o descarte na natureza e preservando o meio ambiente. Através da reutilização do vasilhame, muitos agricultores familiar da cidade de Arapiraca estão aproveitando garrafas de refrigerante de plástico vazias, também conhecidas como PET, na construção de canteiros para hortaliças, utilizando-as cheias de água e tampadas, substituindo as técnicas anteriores, que utilizavam madeira, tijolos, entre outros. Os canteiros de garrafa PET, além de bonitos, ajudam a preservar a natureza e geram renda aos catadores de materiais recicláveis, já que são adquiridas por R$ 0,05 centavos a unidade. Os canteiros ficam mais bonitos e as pragas diminuem.
Por ser uma técnica recente, são poucos os olericultores que optaram pela nova técnica na cidade de Arapiraca, até porque o cultivo de hortas nessa região é muito recente. Entretanto, muitos produtores de hortaliças de animaram com a recente descoberta, pois garrafas pet têm um baixo custo (R$ 5,00 cem garrafas) e por ser de plástico levariam décadas para se decomporem, além de ajudarem a humanidade com uma solução para o descarte de tais garrafas. Segundo produtores também evitaria a chamada ‘’ Erosão de canteiros’’ que é o arrasto da terra no momento da irrigação, pois as garrafas que ficarem nas laterais dos canteiros e evitaria também a constante renovação de canteiros (usada principalmente nas culturas da alface e do coentro).

Passo-a-passo da implantação de uma horta usando pet

USO DE TÉCNICAS DE IRRIGAÇÃO COM O PET

A irrigação é uma das práticas que em sua particularidade mais encarece o custo de produção de qualquer cultura. Ao irrigar as plantas também se irriga ervas – daninhas, que em qualquer situação causa danos a plantas, pois absorvem a água e os nutrientes do solo. Quando se irriga uma planta, eventualmente é colocado mais água do que ela necessita. Isso também encarece os custos. Os materias tradicionais como: cano PVC, bombas, aspersores, etc. aumenta muito no orçamento da implantação de uma horta
Com uso da garrafa pet os custos cairiam pela metade, pois, como citado acima, o custo da garrafa pet é incomparável a irrigação tradição, além de distribuir unicamente a quantidade necessária de água no solo. Este processo é parecido com o gotejamento, uma das formas de irrigação tradicionais mais eficazes, entretanto seus custos se diferem muito.
O sistema de gotejamento com equipo evita a lixiviação dos nutrientes do solo, causado pelo excesso de água colocada no solo principalmente no momento da irrigação. A água é distribuída de acordo com a necessidade de cada cultura.
A cidade de Arapiraca (localizada do Agreste do Estado de Alagoas) é caracterizada por basicamente duas estações meteorológicas: O inverno e o verão. O verão nesta é região tem sua caracterização pelo grande calor. Para uma planta obter desenvolvimento satisfatório deverá ser irrigada adequadamente, devendo-se evitar o máximo de desperdício de água, utilizando unicamente a quantidade precisa para desenvolver-se.
Em seus primeiros meses de vida a planta necessita de muitos cuidados onde o principal é a irrigação. Se a planta for irrigada em excesso as raízes poderão apodrecer e levá-la a morte, caso contrário morrerá desidratada.O uso dessa forma de irrigação tem  capacidade de resolver este problema, pois , a quantidade de água será a necessária para manter a planta bem desenvolvida.
Utilizando este sistema o produtor terá um sistema duradouro e barato, custando menos de R$ 0,50 por planta /sist. Irrigação. Por ser uma técnica recente ainda está em período de adaptação na cidade de Teotônio Vilela, principalmente na cultura do mamão. Alguns produtores apostaram nesta técnica e estão confiantes no resultado, chegando até compará-lo ao gotejamento tradicional (o método de irrigação mais eficaz para frutíferas).
Atualmente seu uso vem ganhando adaptabilidade em outros ramais da agricultura. Seu uso em horta é muito recente, esta sendo testado principalmente nas culturas tardias, como: Pimentão, couve, tomate, berinjela etc. A vantagem deste sistema em horta nestas culturas é que é implantado e continua junto com a planta todo seu ciclo, do plantio das mudas definitivas até a colheita dos frutos e/ou das folhas.
Outro setor que está buscando funcionalidade neste sistema é o setor de floricultura, principalmente papoulas e rosas. Na cidade de Teotônio Vilela este projeto tem sido estudado por alunos do1º e 4º período do curso de agronomia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus Arapiraca. Tais alunos vêm através deste projeto estudar a funcionalidade da irrigação gotejada para melhorar o enraizamento de mudas e rosas e até o a perda de rodas com a irrigação por aspersão, pois derrubam as pétalas.

Fotos de irrigação usando pet

GARRAFAS PET USADA NA PRÁTICA DE CULTIVO DE PRODUTOS HIDROPÔNICOS

UM POUCO DA HISTÓRIA

Os primeiros de quem se têm notícia que usaram a hidroponia (do grego hidro ponos, que significa trabalho em água) foram os Sumérios, habitantes de antiga Mesopotâmia, que surgiram por volta do quinto milênio antes de Cristo. Na região, foram encontrados vestígios de poços e canais para a irrigação. Na Babilônia, os jardins suspensos da rainha Semíramis foram construídos baseados no cultivo hidropônico. As plantas eram cultivadas em terraços isolados por uma camada de folhas metálicas, sobre as quais provavelmente se colocava um substrato composto essencialmente de areia, um pouco de terra e limo. A água caía em cascata do terraço irrigando esses jardins, considerados uma das sete maravilhas do mundo. Outros exemplos de cultivos hidropônicos são os jardins flutuantes chineses da dinastia Chou (1027-770 a.C.) e as chinampas astecas que flutuavam em águas pantanosas no território de Tenochtitlan (México).

Mas o desenvolvimento científico da hidroponia – como a origem e a identificação dos nutrientes - só começou a ser estudado no século XVII. Em 1600, Jan Van Helmont realizou uma experiência com touceira de salgueiro com a qual concluiu que as plantas retiravam nutrientes da água para seu crescimento. Ao longo dos séculos seguintes várias experiências foram realizadas para se tentar descobrir a fórmula dos nutrientes essenciais para as plantas. A partir de 1850, surgiram diversas fórmulas básicas e algumas delas, apesar de terem sido apresentadas no início do século XX, ainda são utilizadas, modificadas ou não.

Em 1925, surgiu o interesse comercial das indústrias de casa de vegetação ou estufa pela utilização dos cultivos em solução nutritiva para resolver os problemas da necessidade de rotação de cultura, pragas, doenças, fertilidade e estrutura do solo com o objetivo de substituir o cultivo convencional. Entretanto, naquela época não havia um sistema hidropônico comercial.

Em 1929, William F. Gericke desenvolveu uma técnica de cultivo sem solo onde foram cultivados tomates, cereais, frutas, flores e tubérculos em grande escala. Em 1940, Gericke apresentou um trabalho descrevendo um sistema hidropônico quase comercial, pela primeira vez utilizando o termo hidroponia. Em razão das diferenças climáticas, disponibilidade de materiais, escassez de água e mão de obra de cada lugar, aos poucos o sistema hidropônico de Gericke foi sendo modificado. Mais tarde, o cultivo hidropônico foi analisado cientificamente e foram reconhecidas as suas principais vantagens.
Nas décadas de 50 e 60, as casas de vegetação expandiram-se rapidamente na Ásia e Europa e o cultivo hidropônico já havia se espalhado em vários países como Alemanha França, Itália, Suécia, antiga URSS, Israel, Inglaterra e Espanha. Em meados de 1960, surgiu a técnica do filme de nutrientes (NFT), desenvolvida pelo Glasshouse Crops Research Institute (CGRI), cujas pesquisas também influenciaram o desenvolvimento de outros sistemas hidropônicos. No Brasil, o desenvolvimento do cultivo hidropônico comercial deve-se ao pioneirismo de Shigeru Ueda e Takanori Sekine, que trouxeram a técnica do Japão na década de 1980.

DEFINIÇÃO

Em si, a hidroponia é uma prática de cultivo que não utiliza terra. As plantas são introduzidas em substratos ricos em nutrientes. Nessa técnica a terra não tem função nenhuma, é totalmente desnecessária. Um dos principais substratos é a casca do arroz carbonizada. Sua implantação tem custos elevados. Uma horta hidropônica com 500 garrafas e toda estrutura de canos, bomba e mangueiras para irrigação, caixas d’água, suporte para garrafas, segundo o aluno Júnior Marcelino (4º período no curso de Agronomia UFAL, Campus Arapiraca e prático na prática), para implantar um projeto como custaria R$ 1500,00 inicialmente. Entretanto suas vantagens superam os custos.
Definição de hidroponia

SUBSTRATOS

O substrato serve como suporte onde as plantas fixarão suas raízes; o mesmo retém o líquido que disponibilizará os nutrientes às plantas.
Um substrato, para ser considerado ideal deve apresentar características como:
a. elevada capacidade de retenção de água, tornando-a facilmente disponível;
b. distribuição das partículas de tal modo que, ao mesmo tempo que retenham água, mantenham a aeração para que as raízes não sejam submetidas a baixos níveis de oxigênio, o que compromete o desenvolvimento da cultura;
c. decomposição lenta;
d. que seja disponível para a compra;
e. de baixo custo.
Existem vários tipos de compostos que podem ser utilizados para a formulação de substratos para o cultivo semi-hidropônico. Dentre eles pode-se destacar:
a. casca de arroz carbonizada;
b. mistura com diferentes porcentagens de casca de arroz carbonizada + casca de pinus;
c. mistura, em diferentes porcentagens, de casca de arroz carbonizada + turfa + vermiculita, entre outros.
Uns são materiais orgânicos (casca de arroz, turfa e húmus) e outros, minerais (vermiculita e perlita).

Casca de Arroz Carbonizada
A casca de arroz carbonizada (Fig. 1) tem sido mais utilizada como substrato, pois é estável física e quimicamente sendo, assim, mais resistente à decomposição. Isso também tem a vantagem de o substrato poder ser usado num segundo ano de produção. Porém, apresenta alta porosidade, que pode ser equilibrada com a mistura de outros elementos (turfa, húmus, vermiculita, etc.).
Turfa
A turfa é um material de origem vegetal. Pesa pouco e tem elevada capacidade de retenção de água. Para ser usada como mistura em substratos deve ser picada. Possui elevada capacidade de troca catiônica (CTC), e valores de pH que variam de 3,5 a 8,5.
Vermiculita
A vermiculita é um mineral com a estrutura da mica que é expandida em fornos de alta temperatura. É utilizada devido à sua alta retenção de água, elevada porosidade, baixa densidade, alta CTC, e pH em torno de 8,0.
Perlita
A perlita é obtida do tratamento térmico que se aplica à rocha de origem vulcânica (grupo das riolitas). Sua porosidade é alta e retém água em até cinco vezes o valor do seu peso; seu pH fica entre 7,0 e 7,5. Pode ser misturada a outros elementos como a turfa e a casca de arroz carbonizada. Sendo um material obtido de lavas vulcânicas, o mesmo não é produzido no Brasil. Isso faz com que se opte por compostos encontrados com facilidade no mercado interno.
Diferentes compostos e composições têm sido motivo de pesquisa. O que se busca é a adequação de um substrato ideal; ou seja, que apresente as características recomendadas no início deste tópico.

VANTAGENS
•Não a preocupação de deixar a terra no período de descanso nem esperar que a terra absolva os nutrientes, as raízes ficam diretamente expostas aos nutrientes, absorvendo-os melhor.
•O plantio pode ser feito diretamente logo após a colheita, pois o que nutre as plantas são as soluções nutritivas, que bastante baratas por sinal, chegando a custar R$ 2,00 por semana em adubação.
•Não desperdício de Adubo, pois só é colocada a quantidade necessária no substrato.

DESVANTAGENS

•Ainda não há quantidade de nutrientes definidas para cada cultura. Cada planta absorve uma quantidade específica de nutrientes. Na hidroponia essa quantidade ainda não é definida.

Fotos de hidroponia
Como montar uma horta hidropônica no quintal de casa_muito fácil

Fotos de sistemas hidropônicos utilizando pet

GARRAFAS PET USADA NA PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE MUDAS

Além de muitas funções na agricultura, as garrafas pet ainda podem ser usadas na produção de mudas. São reutilizáveis, conseqüentemente podem ser usadas várias vezes. Podem ser usadas para preparo de mudas de plantas frutíferas, de plantas medicinais de plantas ornamentais, de mudas para reflorestamento e outras. Ao contrário dos sacos de polietileno, os recipientes onde foram produzidas as mudas não serão descartados, mas sim reutilizados. Sua duração média varia de acordo com as condições que forem expostos e armazenados os recipientes. O sol tem grande influência na conservação de tais, quanto menos expostos ao sol mais tempo durará. Em média sua duração é de oito anos.

Fotos de mudas

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